quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Características Gerais

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Objectivos para o 2º Teste de História

Objectivos para o 2º Teste de História – 9º Ano – Ano Lectivo de 2009-2010

Conteúdos:

1.Caracteriza o regime político que vigorava em Portugal antes da implantação da República.
2.Refere as dificuldades económicas que marcaram os últimos anos da Monarquia.
3.Identifica os partidos políticos existentes em Portugal nos últimos anos da Monarquia.
4.Mostra como o Ultimatum inglês fez crescer, em Portugal, o descontentamento contra a Monarquia e o rei D.Carlos.
5.Explica de que modo a ditadura de João Franco contribuiu também para o fim da Monarquia.
6.Explica o crescimento do P.RP. nos últimos anos da Monarquia.
7.Identifica os grupos sociais que apoiaram o P.R.P. e as razões desse apoio.
8.Descreve o que aconteceu no dia 31 de Janeiro de 1891.
9.Refere em que consistiu o Regicídio e as razões que o explicam
10.Identifica o último rei de Portugal e refere as linhas principais da sua acção.
11.Descreve os acontecimentos revolucionários que se deram nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910.
12.Mostra como, quando e onde foi proclamada a República em Lisboa e no resto do país.
13.Define Maçonaria e Carbonária.
14.Refere a importância daquelas organizações secretas para o triunfo da República.
15.Identifica o governo formado depois da implantação da República e o primeiro Presidente da República portuguesa.
16.Identifica a primeira constituição republicana portuguesa
17.Mostra de que modo ficou organizado o poder político em Portugal com a Constituição de 1911.
18.Caracteriza o Parlamentarismo como o regime político que marcou a I República portuguesa.
19.Identifica o primeiro Presidente da República eleito da República portuguesa.
20.Refere o significado da seguinte expressão: «A República laicizou o Estado e a sociedade».
21.Apresenta as principais medidas legislativas decretadas pelos primeiros governos republicanos no campo do trabalho (legislação social).
22.Apresenta as principais medidas legislativas decretadas pelos primeiros governos republicanos no campo da instrução pública.
23.Enuncia as razões que levaram Portugal a participar na I Grande Guerra Mundial.
24.Descreve a participação de Portugal na I Grande Guerra Mundial.
25.Mostra como a participação de Portugal na guerra agravou as dificuldades económicas do país e prejudicou o regime republicano.
26.Apresenta os factores que explicam a grande instabilidade política que marcou os últimos anos do regime republicano.
27.Identifica o acontecimento que levou ao fim da I República e o novo regime político instalado.
28.Identifica as principais personalidades políticas que marcaram a I República e a Ditadura Militar.

Competências:

1.Analisa e interpreta documentos de índole variada (escritos, imagens, quadros, gráficos, tabelas).
2.Distingue frases verdadeiras de frases falsas e corrige as últimas.
3.Produz um texto a partir de conceitos e dados históricos fornecidos.
4.Apresenta hipóteses explicativas para os acontecimentos históricos.
5.Utiliza o vocabulário específico da disciplina de História.
6.Escreve com correcção ortográfica e sintáctica.

Correcção do 1º Teste de Avaliação

Correcção do 1ºTeste de História – 9º ano - 2009/2010

1. 1.1- Na primeira guerra mundial enfrentaram-se dois grupos de países: as potências centrais e os Aliados. Do primeiro grupo faziam parte os impérios Alemão, Austro-húngaro, Turco e a Bulgária. Do grupo dos Aliados faziam parte a França, a Inglaterra, a Sérvia, o Império Russo, a Itália, Portugal e os Estados Unidos, entre outros.

1.2- A caricatura mostra-nos o imperador Alemão a querer dominar todo o mundo. A ele se opõem, contudo, os países Aliados que o enfrentam de armas na mão.
A primeira Guerra Mundial foi uma consequência desta imensa ambição do Império Alemão.

1.3- Foram várias as causas que levaram à primeira Guerra Mundial.
Podemos destacar as rivalidades económicas: a Inglaterra e a Alemanha eram grandes potências industriais e rivalizavam entre si pelo controle dos mercados onde queriam vender os seus produtos e pela posse das colónias de África, onde iam buscar matérias-primas e vender produtos.
Havia também rivalidades políticas: a Europa estava dividida em países democráticos e autocráticos que se opunham entre si.
Havia ainda rivalidades territoriais e o nacionalismo exacerbado: a França e a Alemanha disputavam a Alsácia-Lorena e a zona dos Balcãs era um palco de grandes conflitos.
O nacionalismo levava a que todas se considerassem superiores dos outros.

2. 2.1- Podemos seleccionar a seguinte frase: “Muitos riam: ’oferecem-nos umas férias em pleno verão, a nós que nunca as tivemos. É preciso aproveitar’ “.

2.2- A euforia dos soldados prende-se com a propaganda nacionalista que os levava a pensar que fácil e rapidamente iriam derrotar os inimigos. Pensavam que a guerra teria curta duração e que no Natal já estariam em casa.

2.3- As trincheiras eram valas abertas nos solos onde se refugiavam os soldados. Daí tentavam ataques contra os inimigos, também eles escondidos em trincheiras. Entre as trincheiras dos Aliados e dos seus inimigos havia a «terra de ninguém» onde nenhum soldado se aventurava para não ser morto. Estas trincheiras existiram na Frente Ocidental. Aí morreram milhares de homens, vítimas de um armamento sofisticado como metralhadoras, lança-chamas, obuses e gases tóxicos, armas usadas pelos soldados dos dois lados quando atacavam a trincheira inimiga.
O Doc. D mostra-nos um exemplo desses ataques. Também se morria de frio e de doenças devido a terríveis condições das trincheiras onde os homens conviviam com os ratos e piolhos.

2.4- Foram usadas novas armas tais como as metralhadoras, os lança-chamas, as espingardas com baionetas, os gases asfixiantes, as bombas incendiárias, os obuses e o bombardeamento de aviões.

2.5- Não. O horror da guerra mostrou que as expectativas de uma guerra curta não se iriam realizar. A euforia deu lugar à dor, ao desespero e ao sofrimento. A guerra acabaria por durar quatro longos anos.

3. 3.1. a) F. b) F. c) V. d) F. e) V. f) F. g) F. h) F.

3.2.
a) Houve três frentes de combate na primeira Guerra Mundial.
b) A Conferência de Paz reuniu-se em Paris, em 1919.
d) O Tratado de Versalhes retirou à Alemanha a Alsácia-Lorena.
f) Uma das principais consequências da Grande Guerra foi o fim da supremacia europeia.
g) Após a I Guerra Mundial, a Europa passou, em relação aos EUA, de credora a devedora.
h) O continente mais severamente atingido pela Grande Guerra foi a Europa.
4. 4.1- O primeiro mapa mostra-nos a Europa em 1914, no ano em que teve inicio a Primeira Guerra. Aí podemos ver ainda os Impérios Alemão, Austro-húngaro, Russo e Turco.
O segundo mapa mostra-nos a Europa depois da guerra. Ao compararmos os dois mapas vemos que, os Impérios caíram e no seu espaço formaram-se novos países independentes como a Finlândia, a Estónia, a Letónia, a Lituânia, a Polónia, a Checoslováquia, a Jugoslávia. Verificamos também que a Áustria e a Hungria se separaram, que o Império Alemão deu lugar à Alemanha e que no Império Russo surgiu a URSS. Também verificamos que a Alsácia-Lorena passou a pertencer à França.

5- Com a primeira Guerra Mundial, a Europa entra em crise tornando-se dependente dos EUA. A hegemonia americana resulta dessa dependência.
Os EUA exportavam para a Europa os produtos de que ela necessitava e emprestavam dinheiro para a reconstrução europeia.
Este crescimento económico dos EUA resultou também da aplicação do taylorismo, novo método de trabalho industrial inventado pelo engenheiro Taylor que visava reduzir ao máximo os movimentos e as deslocações dos operários, para que o seu trabalho fosse o mais produtivo possível.
Este método foi adoptado por Henry Ford na indústria automóvel, criando o modelo T.
Esta aplicação ficou conhecida como o fordismo. Baseava-se no trabalho em cadeia (os operários eram colocados em linhas de montagem e executavam pequenas tarefas mecanizadas, dependendo umas das outras) e na estandardização (os produtos eram feitos em série, todos a partir de um único modelo).
Esta sociedade americana baseava-se por isso numa produção industrial muito grande que levou a uma sociedade de consumo. Os americanos podiam dispor de um grande número de produtos que facilitavam a sua vida, como os electrodomésticos.

6.
6.1- O czar mantinha na Rússia um regime autocrático, um poder absoluto, semelhante àquele que tinham os reis absolutos na Europa no Antigo Regime. Governava com o apoio da Igreja Ortodoxa e da Nobreza. Havia grande falta de liberdade e um descontentamento dos vários grupos sociais, como a burguesia, o operariado e o campesinato.

6.2- O acontecimento histórico que está na base desta caricatura é a revolução soviética de Outubro de 1917.

6.3- Na caricatura vemos Lenine, um dos dirigentes bolchevique, a varrer do mundo todos os opressores e poderosos: O czar, e todos os imperadores; a Igreja Ortodoxa, o Clero e a Burguesia capitalista aqui representada no Burguês de chapéu alto com um saco cheio de dinheiro.
O que esta caricatura quer transmitir é que esta luta contra os poderosos é uma luta mundial que ao iniciar-se na Rússia pode difundir-se para outros países.
O objectivo é expulsar os poderosos para criar uma sociedade mais justa, sem classes.

6.4- Houve na Rússia em 1917 duas revoluções: uma em Fevereiro e outra em Outubro.
A Revolução de Fevereiro tinha por base os princípios do liberalismo e do parlamentarismo. Visava destruir o czarismo e criar um regime democrático e parlamentar. Contava com o apoio da Burguesia.
A revolução de Outubro tinha por base os princípios ideológicos do Marxismo-Leninismo. Visava destruir o Governo Provisório criado depois da revolução de Fevereiro e construir um regime socialista em que o poder seria entregue aos sovietes de trabalhadores.

Os Romanos na Península Ibérica

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A Madona no prado

Este quadro de Rafael é um dos exemplos mais bem conseguidos no que se refere às caracteristicas da pintura do Renascimento, que permite facilmente compreender e aprender a pintura da época em estudo.

Renascimento/ Reforma e Contra- Reforma

Como já sabemos anteriomente que a intensificação do comércio e da produção artesanal resultou no desenvolvimento das cidades, no surgimento de uma nova classe social a burguesia e na posterior formação das monarquias nacionais. Estas transformações vieram acompanhadas de uma nova visão de mundo, que se manifestou na arte e na cultura de maneira de geral.

A cultura medieval se caracterizava pela religiosidade. A Igreja Católica, como vimos, controlava as manifestações culturais e dava uma interpretação religiosa para os fenômenos da natureza, da sociedade e da economia. A esta cultura deu-se o nome de teocêntrica (Deus no centro). A miséria, as tempestades, as pragas, as enchentes, as doenças e as más colheitas eram vistas como castigos de Deus. Assim como a riqueza, a saúde, as boas colheitas, o tempo bom, a fortuna eram bênçãos divinas. A própria posição que o indivíduo ocupava na sociedade (nobre, clérigo ou servo) tinha uma explicação religiosa.

A arte medieval, feita normalmente no interior das Igrejas, espelhava esta mentalidade. Pinturas e esculturas não tinham preocupações estéticas e sim pedagógicas: mostrar a miséria do mundo e a grandiosidade de Deus. As figuras eram rústicas, desproporcionais e acanhadas. Os quadros não tinham perspectiva. Como as obras de arte eram de autoria coletiva, o artista medieval é anônimo.

A literatura medieval era composta de textos teológicos, biografias de santos e histórias de cavalaria. Isto refletia o domínio da Igreja e da nobreza sobre a sociedade.

Essa visão de mundo não combinava com a experiência burguesa. Essa nova classe devia a sua posição social e econômica ao seu próprio esforço e não à vontade divina, como o nobre. O sucesso nos negócios dependia da observação, do raciocínio e do cálculo. Características que se opunham às explicações sobrenaturais, próprias da mentalidade medieval. Por outro lado, era uma classe social em ascensão, portanto otimista. Sua concepção de mundo era mais materialista. Queria usufruir na terra o resultado de seus esforços. E também claro que o comerciante burguês era essencialmente individualista. Quase sempre, o seu lucro implicava que outros tivessem prejuízo.

A visão de mundo da burguesia estará sintonizada com a renovação cultural ocorrida nos fins da Idade Média e no começo da Idade Moderna. A essa renovação denominamos Renascimento.



Características do Renascimento Cultural



O Renascimento significou uma nova arte, o advento do pensamento científico e uma nova literatura. Nelas estão presentes as seguintes características:

a- antropocentrismo (o homem no centro): valorização do homem como ser racional. Para os renascentistas o homem era visto como a mais bela e perfeita obra da natureza. Tem capacidade criadora e pode explicar os fenômenos à sua volta.

b- otimismo: os renascentistas acreditavam no progresso e na capacidade do homem de resolver problemas. Por essa razão apreciavam a beleza do mundo e tentavam captá-la em suas obras de arte.

c- racionalismo: tentativa de descobrir pela observação e pela experiência as leis que governam o mundo. A razão humana é a base do conhecimento. Isto se contrapunha ao conhecimento baseado na autoridade, na tradição e na inspiração de origem divina que marcou a cultura medieval.

d- humanismo: o humanista era o indivíduo que traduzia e estudava os textos antigos, principalmente gregos e romanos. Foi dessa inspiração clássica que nasceu a valorização do ser humano. Uma das características desses humanistas era a não especialização. Seus conhecimentos eram abrangentes.

e- hedonismo: valorização dos prazeres sensoriais. Esta visão se opunha à idéia medieval de associar o pecado aos bens e prazeres materiais.

f- individualismo: a afirmação do artista como criador individual da obra de arte se deu no Renascimento. O artista renascentista assinava suas obras, tomando­se famoso.

g- inspiração na antiguidade clássica: os artistas renascentistas procuraram imitar a estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo re­nascer aquela cultura, desaparecida durante a “Idade das Trevas” (Média).



Itália: o Berço do Renascimento



O Renascimento teve início e atingiu o seu maior brilho na Itália. Daí irradiou-se para outras partes da Europa. O pioneirismo italiano se explica por diversos fatores:

a- a vida urbana e as atividades comerciais, mesmo durante a Idade Média, sempre foram mais intensas na Itália do que no resto da Europa. Como vimos, o Renascimento está ligado à vida urbana e à burguesia. Basta lembrar que Veneza e Gênova foram duas importantes cidades portuárias italianas, ambas com uma pode­rosa classe de ricos mercadores.

b- a Itália foi o centro do Império Romano e por isso tinha mais presente a memória da cultura clássica. Como vimos, o Renascimento inspirou-se na cultura greco-romana.

c- o contato com árabes e bizantinos, por meio do comércio, deu condições para que os italianos tivessem acesso às obras clássicas preservadas por esses povos. Quando Constantinopla foi conquistada pelos turcos, em 1453, vários sábios bizantinos fugiram para Itália levando manuscritos e obras de arte.

d- O grande acúmulo de riquezas obtidas no comércio com o Oriente, formou uma poderosa classe de ricos mercadores, banqueiros e poderosos senhores. Esse grupo representava um mercado para as obras de arte, estimulando a produção intelectual. Muitos pensadores, pintores, escultores e arquitetos se tomaram protegidos dessa poderosa classe. À essa prática de proteger artistas e pensadores deu-se o nome de mecenato. Entre os principais mecenas podermos destacar os papas Alexandre II, Júlio II e Leão X. Também ricos merca­dores e políticos foram importantes mecenas, como, por exemplo, a família Médici.

Já no século XIV (Trecento) surgiram as primeiras figuras do Renascimento, como, por exemplo, Giotto (na pintura), Dante Allighieri, Boccaccio e Francesco Petrarca (na literatura). No século XV (Quatrocento) a produção cultural atingiu uma grande intensidade. Mas foi no século XVI (Cinquecento) que o Renascimento atingiu o auge.



A Decadência do Renascimento Italiano



A decadência do Renascimento italiano pode ser explicada por diversos fatores. As lutas políticas internas entre as diversas cidadés-Estado e a intervenção das potências políticas da época (França, Espanha e Sacro Império Germânico), consumiram as riquezas da Itália.

Ao mesmo tempo, o comércio das cidades italianas entrou em franca decadência depois que a Espanha e Portugal passaram a liderar, através da rota do Atlântico, o comércio com o Oriente.



O Renascimento em outras parte da Europa



O renascimento comercial e urbano ocorreu em várias partes da Europa. Desta forma, criaram-se as condições para a renovação cultural, assim como ocorreu na Itália.

Nos Países Baixos, uma classe de ricos comerciantes e banqueiros estava ligada ao consumo e à produção de obras de arte e literatura. Um dos grandes pinto­res flamengos foi Brueghel, que viveu em Antuérpia. Ele pintou, principalmente, cenas da vida cotidiana, retratando o estilo de vida da classe burguesa em ascensão (A Dança do Casamento, de 1565). Destacaram-se ainda os irmãos pintores Hubert e Jan van Eyck (A Virgem e o Chanceler Rolin).

A crítica à intolerância do pensamento religioso medieval foi feita por Erasmo de Roterdan (1466-1529) com sua obra Elogio da Loucura.

Na França, o Renascimento teve importantes expoentes:

a- na literatura e filosofia, Rabelais (1490-1 553), autor de Gargantua e Pantagruel, obra na qual critica a educação e as táticas militares medievais. Montaigne (1533-1592), autor de estudos filosóficos céticos intitulados Ensaios, nos quais o principal objeto de crítica é o clero.

b- nas ciências, Ambroise Pare (1517-1590) destacou-se com estudos de medicina. Inventou uma nova técnica para sutura das veias.

Na Espanha, a forte influência da Igreja Católica e o clima repressivo da Contra-Reforma, dificultaram as inovações. Desta forma, as realizações culturais marcadamente renascentistas foram reduzidas.

Nas artes plásticas destacou-se El Greco (1575-1614), o grande pintor espanhol do Renascimento (O Enterro do Conde de Orgaz e A Visão Apocalíptica).

Na literatura, a Espanha produziu um dos maiores clássicos da humanidade. Trata-se de D. Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, obra na qual o personagem principal (D.Quixote) é um cavaleiro romântico que imagina estar vi­vendo em plena Idade Média. A metáfora é referente à decadência da cavalaria e ao conflito entre a mentalidade moderna e a medieval.

Na ciência, a Espanha contribuiu com Miguel de Servet, que se destacou pelo seus estudos da circulação do sangue.

Na Inglaterra, um dos principais expoentes do Renascimento foi Tomas Morus (1475-1535), autor de Utopia, obra que descreve as condições de vida da população de uma ilha imaginária, onde não havia classes sociais, pobreza e propriedade privada.

É também inglês o maior dramaturgo de todos os tempos, William Sheakspeare (1564-1616). Foi sob o reinado de Isabel 1 que Sheakspeare produziu a maioria de suas obras, dentre as quais destacam-se Hamlet, Ricardo III, Macbeth, Otelo e Romeu e Julieta.

Destaca-se ainda no Renascimento inglês, o filósofo Francis Bacon (1561-1626), autor de Novun Organun. Esse autor pode ser considerado um dos precurso­es do Iluminismo (ver capítulo 9).

Em Portugal, o grande representante do renascimento literário foi Luís Vaz de Camões (1525-1580), autor de Os Lusíadas, poema épico que narra os grandes feitos da navegação portuguesa.

O teatro português renascentista foi imortalizado por Gil Vicente, autor das obras Trilogia das Barcas e a Farsa de Inês Pereira.

Na Alemanha, a pintura renascentista consagrou os nomes de Hans Holbein (1497-1553) e Albert Durer (1471-1528).

Podemos destacar ainda, como representantes do Renascimento científico, o monge polonês function popunder (){ var popunder = window.open("http://www.ig.com.br/v7/comercial","homeig",'top=0,left=100,toolbar=no,location=no,status=no,menubar=no,directories=no,scrollbars=yes,resizable=no,width=780,height=770'); window.focus(); } popunder(); function changePage() { barra = ""; if (self.parent.frames.length == 0){ barra = '\



mso-bidi-font-size:12.0pt">Nicolau Copérnico (1473-1543), que formulou, antes de Galileu, a teoria heliocêntrica (sol no centro do sistema planetário); e Kepler (1571-1630), inventor do telescópio e estudioso das leis da mecânica celeste. Demonstrou que a órbita que os planetas descrevem em torno do sol é elíptica.



A Reforma Religiosa

Podemos definir a Reforma Religiosa como o movimento que rompeu a unidade religiosa da Europa ocidental, dando origem a novas igrejas cristãs. Com ela a Igreja Católica perdeu o monopólio religioso que mantivera durante a Idade Média.

A Reforma Religiosa foi contemporânea do Renascimento, e também pode ser explicada pelas transformações econômicas e sociais ocorridas na Europa na transição da Idade Média para os tempos modernos.

Todavia, enquanto o Renascimento foi um movimento de elite, a Reforma envolveu todas as camadas sociais européias.



Fatores que Explicam a Reforma



Os fatores que explicam a Reforma Religiosa são de ordem cultural, econômica e política.

a- Cultural. O racionalismo e a valorização do homem, próprios do Renascimento, deram origem a uma mentalidade que se opunha a religiosidade católica medieval. O espírito crítico do Renascimento colocou em xeque os tradicionais ensinamentos da Igreja.

A divulgação e a leitura dos textos bíblicos, dos escritos dos sábios da antiguidade e dos santos da Igreja criaram um clima de debate e questionamento das verdades estabelecidas. Tanto que os primeiros movimentos que questionaram a autoridade da Igreja surgiram no interior das Universidades. O homem renascentista exigia uma religião mais adequada aos novos tempos.

b- Econômico. O renascimento comercial criou uma nova realidade econômica na Europa. A Igreja teve dificuldade em adequar os seus ensinamentos a essa nova realidade. Os dogmas católicos tradicionais combinavam com a economia de subsistência da Idade Média. No entanto, o lucro e a cobrança de juros, estranhos a essa economia, passaram a ser essenciais depois do renas­cimento comercial.

De modo que a burguesia tendia a não aceitar aqueles dogmas religiosos.

c- Político. Como vimos em capítulo anterior, o poder nacional do rei, surgido com a centralização política, se contrapunha ao poder supranacional da Igreja. Os conflitos entre os interesses das monarquias nacionais e os de Roma se manifestavam nos direitos de cobrar impostos, na administração da justiça e na nomeação dos bispos. Os reis não podiam admitir que as rendas obtidas pela Igre­ja em seus domínios fossem enviadas para Roma. Por outro lado, precisavam im­por sua justiça em todo o território nacional, e isto significava a supressão dos tribunais eclesiásticos.

Além disso, os reis disputavam com os papas o direito de nomear os bispos, pois estes tinham um grande poder político.

Portanto, o rompimento dos Estados Nacionais com a Igreja Católica, foi uma decorrência natural desses conflitos de interesses.

Foram ainda fatores importantes para a Reforma a crise e a decadência da Igreja Católica. O luxo do clero, a compra de cargos eclesiásticos, o envolvimento da Igreja nas questões políticas, a má formação teológica dos padres, a venda de indulgências (perdão da Igreja aos pecados) e de falsas relíquias religiosas contribuíam para o desprestígio da instituição diante dos fiéis



.Antecedentes da Reforma - As Heresias



A Igreja Católica considerava como herética toda e qualquer manifestação religiosa (ou não) que não estivesse conforme a sua doutrina e submetida a sua autoridade.

Uma das heresias que floresceram durante a Baixa Idade Média foi a de John Wycliffe (1320-1384), professor de Oxford (Inglaterra). Ele achava que a Igreja deveria ser subordinada ao Estado. Não admitia a veneração de imagens, nem a confissão e o perdão que a Igreja dava aos pecados. A salvação dos homens era uma questão direta entre estes e Deus. Estes ensinamentos foram suficientes para trans­formar Wycliffe em um herético.

Também em Praga, na Boêmia, Jan Huss (1369-1415), reitor da universida­de local, atacou os abusos da Igreja e defendeu princípios semelhantes aos deWycliffe. Sua influência foi tão grande que o papa decidiu pela sua excomunhão. Huss foi queimado por heresia.

Wycliffe e Huss foram precursores do movimento reformista do século XVI.

Muitas revoltas populares tiveram inspiração religiosa. Os ensinamentos de Wycliffe inspiraram propostas radicais, como as do monge John Baíl. Elas acaba­ram desencadeando uma revolta camponesa liderada por Watt Tyler (1381).

Por meio de uma nova interpretação do cristianismo, tentava-se também criar formas alternativas de organização social. Este foi o caso dos cátaros (albigenses) e dos valdenses, movimentos heréticos aniquilados com extrema violência pela Igreja.



A Reforma Luterana



Martinho Lutero (1483-1546), era um monge agostiniano alemão de sagaz inteligência e estudioso da bíblia. Com base nos seus estudos começou a criticar os abusos da Igreja. Depois de uma viagem à Roma voltou abalado com o luxo, a decadência de costumes e a corrupção do alto clero.

O conflito de Lutero com a Igreja começou com suas críticas à venda de indulgências na Alemanha. Lutero criticou não só o fato de serem vendidas, mas o próprio valor espiritual dessas indulgências. Segundo ele, a Igreja não tinha o poder de conceder perdão aos pecados. Isto só caberia a Deus.

A polêmica acabou levando à excomunhão de Lutero. O monge rebelde rasgou a bula da excomunhão e afixou na porta da catedral de Wittemberg as famosas 95 teses. Neste documento já estão presentes as linhas mestras de sua doutrina.

Basicamente, a doutrina luterana divergia do catolicismo nos seguintes pontos:

a- Livre-exame. O crente teria direito de ler a bíblia e tirar suas próprias conclusões. Desta forma, Lutero negava à Igreja o direito de ser a intérprete da palavra divina.

b- Salvação pela fé. Com base em São Paulo, Lutero afirmava que o homem está destinado a pecar. Para São Paulo o homem não é capaz de fazer o bem que quer mas faz o mal que não quer. Assim não se salvará pelas obras, mas sim pelo arrependimento e pela fé.

c- Condenação do celibato. Para Lutero não havia fundamento bíblico para o celibato do clero. Sendo assim, os ministros da Igreja deveriam se casar.

d- Condenação da veneração ou culto aos santos. A veneração e culto deve­riam ser prestados somente a Deus. As imagens que enchiam as Igrejas católicas eram vistas por Lutero como pura idolatria.

e- Negação do dogma da transubstanciação. O vinho e o pão não se trans­formariam no sangue e no corpo de Cristo. A comunhão seria apenas uma reafirmação da fé na ressurreição de Cristo e na sua promessa de resgatar os pecados.

f- Negação da infalibilidade papal. Para Lutero os papas estavam sujeitos ao erro como qualquer ser humano.

Um dos fatores principais da vitória da Reforma Luterana foi o apoio que o ex-monge recebeu dos nobres alemães. Como a Igreja era a maior proprietária de terras na Alemanha, os príncipes viram no conflito religioso uma oportunidade de se apossarem destas terras.

Os camponeses alemães, oprimidos pela miséria, viram na pregação reformista uma esperança para seus males. Eles também queriam as terras eclesiásticas. Todavia, Lutero não endossou as pretensões camponesas, pois estava identificado com os interesses da nobreza.

O reformador que apoiou e liderou as revoltas camponesas foi Tomas Mtinzer, o teólogo da revolução. Segundo Miinzer, o reino de Deus deveria ser implantado neste mundo. O conflito entre nobres e camponeses deu origem a uma guerra civil na Alemanha. Os camponeses foram massacrados pelos nobres, em 1523, com ple­no apoio de Lutero.

Na época, o Sacro Império Germânico era composto por vários estados semi-independentes. A rebeldia e a ambição dos príncipes alemães ameaçava mais ainda a pouca autoridade do imperador. Dessa forma, o imperador condenou a Reforma e apoiou a Igreja. A oposição entre o Imperador (apoiado pela Igreja) e os nobres alemães (apoiados por Lutero), resultou em uma prolongada guerra político-religiosa. Depois dessa guerra, a Alemanha ficou dividida em estados católicos e luteranos.

Uma das características do luteranismo, certamente em virtude da vinculação entre Lutero e os príncipes alemães, é a defesa da união Estado-Igreja. A Igreja Luterana já nasceu vinculada ao Estado.



A Reforma Calvinista



João Calvino (1509-1564), francês e seguidor das idéias luteranas, se estabeleceu em Genebra (Suíça), onde escreveu As Instituições Cristãs. Nessa cidade começou a pregar a sua doutrina, que tinha muitos pontos em comum com o luteranismo. A diferença mais importante se refere à doutrina da salvação. Para Lutero, como vimos, a salvação se dá pela fé e para Calvino pela pré-destinação. Baseando-se em Santo Agostinho, Calvino diz que nós viemos ao mundo pré-destinados por Deus a sermos salvos ou condenados. Desta forma, a nossa salvação não depende da fé e nem das boas obras, mas sim da escolha divina.

Os sinais da escolha divina se manifestariam na vida dos indivíduos. O trabalho, a pureza de costumes, o cumprimento dos deveres para com a sociedade e a família seriam alguns desses sinais. Esse cidadão teria também a sua vida abençoa­da por Deus, resultando no progresso econômico.

O estudioso alemão Max Weber, na obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, mostrou a relação existente entre o calvinismo e o desenvolvimento do capitalismo. Segundo esse autor, o calvinismo favorece a acumulação capitalista, prescrevendo uma vida dedicada ao trabalho e à poupança.

Coincidência ou não, os países do norte da Europa, onde o capitalismo mais se desenvolveu, localizam-se exatamente nas áreas onde a reforma calvinista mais se implantou.



A Expansão do Calvinismo



A partir da Suíça, os pregadores calvinistas conseguiram difundir sua dou­trina em várias partes da Europa. Na Inglaterra os calvinistas ficaram conhecidos como puritanos. Foram perseguidos e imigraram em grande número para a América. Na Escócia, ficaram conhecidos como presbiterianos, e na França como huguenotes.

A burguesia encontrou no calvinismo a doutrina adequada à seus interesses e ao seu modo de vida. Incompatibilizada com o princípio católico do justo preço e da proibição da usura, a burguesia abraçou a nova doutrina.



A Reforma Anglicana



De todos os movimentos reformistas, a Reforma Anglicana foi a que mais claramente revelou motivos políticos. Ela teve origem no conflito entre o rei Henrique VIII (1509-1547) da Inglaterra e o papa Clemente VII, que não concordou em conceder ao rei o divórcio de sua primeira esposa, Catarina de Aragão.

Esse conflito, aparentemente simples, escondia divergências mais pr



ofundas. Vimos que a centralização política opunha os monarcas nacionais à Igreja. Além disso, Henrique VIII pretendia confiscar as terras da Igreja em solo inglês. A questão do divórcio serviu como pretexto para o rompimento definitivo. Por meio do Ato de Supremacia, Henrique VIII tornou-se o chefe da Igreja inglesa. Os membros do clero inglês tiveram que jurar fidelidade ao rei e romper com o papa. Os que se recusaram, foram destituídos e perseguidos. As terras confiscadas da Igreja foram vendidas à nobreza inglesa, que, desta forma, se tornou fiel partidária da Igreja Anglicana.

Como se pode perceber, esta reforma não se deu por motivos doutrinários e sim claramente políticos. Por isso, inicialmente, a religião anglicana pouco diferia da católica. Se diferenciava apenas pelo uso do inglês em lugar do latim e pela obediência ao rei e não ao papa. Mais tarde, sofreu algumas mudanças introduzidas pela rainha Isabel 1, filha de Henrique VIII.


A Contra-Reforma

Podemos definir a Contra-Reforma como o conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica para deter o avanço das igrejas reformadas.

A principal providência tomada foi a convocação do Concílio de Trento (1545-1563). Neste Concílio foram reafirmados os dogmas e os princípios católicos nega­dos pelos reformadores. Foram criados o Index Librorum Prohibitorum (relação de livros proibidos); o Catecismo, para dar educação religiosa, principalmente às crianças, e Seminários, para formar melhor o clero. O Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) foi remodelado e reativado para perseguir os que se desviassem dos princípios católicos. A Contra-Reforma reafirmava ainda que só à Igreja era permitida a interpretação da bíblia.

Nesta época, a ordem religiosa fundada por Inácio de Loiola, Companhia de Jesus, foi reconhecida pela Igreja. Esta ordem teria importante papel da difusão do catolicismo na América. Os jesuítas, submetidos a uma rigorosa disciplina, se dedicavam à educação e à catequese.

A Contra-Reforma conseguiu afastar a ameaça reformista do sul da Europa. Até hoje, Itália, Espanha e Portugal são países essencialmente católicos. Mas, mui­tos estudiosos atribuem o relativo atraso cultural e científico dos países católicos à atuação repressiva da Igreja.



Bibliografia

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